CIDADE DA POLÍCIA OU POLÍCIA DA CIDADE? A CHEFATURA DE POLÍCIA E OS IMPERATIVOS DE SEGURANÇA INDIVIDUAL NA PROVÍNCIA DO CEARÁ



RESUMO 





Objetivamos refletir sobre a formação da Chefatura de Polícia da província do Ceará, a partir segunda metade do século XIX, enquanto estrutura administrativa ligada às tentativas de controle social e aos imperativos de segurança individual num contexto de construção da Nação brasileira. O intuito é estabelecer relações entre os projetos pensados pelos chefes de polícia e presidentes da província para as cidades e vilas, e as práticas vivenciadas dentro delas pelos policiais e pela população. A metodologia utilizada é a análise quantitativa e qualitativa dos documentos existentes no Arquivo Público do Estado do Ceará e na Biblioteca Nacional, compostos por leis, relatórios, correspondências e jornais, além de relatos de viajantes e literatos, que vivenciaram o período em questão. Teoricamente utilizamo-nos dos conceitos de poder e discurso do Foucault e o de práticas do Certeau, uma vez que acreditamos que a cidade é pensada do ponto de vista da estratégia e do discurso pela polícia, mas também é significada por aqueles vivenciam o espaço. Nesse sentido, optamos por fazer uso da História Cultural enquanto aporte teórico para as discussões que nos propomos, especificamente, na direção de uma história sociocultural, na medida em que consideramos a relação entre a cultura e a sociedade dos oitocentos. Deste modo, nossa pesquisa insere-se no campo da História da Polícia, especificamente no contexto do Império brasileiro. A questão norteadora é entender por que a segurança individual tornou-se um imperativo para província e qual sua relação com a Chefatura de Polícia, tendo em vista que esta estrutura administrativa foi montada dentro de um processo elementar de expansão do Estado imperial, esbarrando nas questões locais de poder e ordem.


O professor e líder do PRAETECE, Prof. Dr. Expedito Eloísio Ximenes, é citado em uma nota como referência para o trabalho:

"Convém destacar que evitamos colocar as abreviaturas tal como elas se apresentavam nos textos de origem. Nestes casos, optamos por desenvolvê-las e indicar as palavras acrescentadas com sublinhados (com excessão daquelas referentes a palavra doutor). Nosso intuito foi facilitar a leitura dos trechos destacados, para tanto utilizamo-nos do livro de Flexor (2008), embora não tenhamos referenciado a cada dúvida que esta obra nos auxiliou a sanar, para não complicar as referências. Quanto às transcrições, utilizamos os princípios de paleografia sugeridos pelo professor Dr. Expedito Eloísio Ximenes nos cursos ofertados por ele e nas conversas que mantínhamos por ocasião das reuniões do grupo PRAETECE (Práticas de Edição de Textos do Estado do Ceará). A principal característica é a opção pela mínima intervenção no original, com indicações das modificações realizadas, por meio de travessões < / > e colchetes < [] >, conforme se segue ao longo do texto, respectivamente, indicando parágrafos suprimidos ou mudança de folha; e acréscimos ao texto."



DE ASSIS, PATRÍCIA MARCIANO et al. MESTRADO ACADÊMICO EM HISTÓRIA.


http://www.uece.br/ppsacwp/wp-content/uploads/sites/94/2021/11/Disserta%C3%A7%C3%A3o-Patr%C3%ADcia-Marciano.pdf

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