VARIANTES LEXICAIS NA ÁREA SEMÂNTICA JOGOS E DIVERSÕES INFANTIS, EM CAPITAIS DO NORDESTE BRASILEIRO: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS DADOS DO PROJETO ALIB
Resumo. O presente artigo objetiva fazer um levantamento de variantes lexicais entre os falantes das capitais do nordeste brasileiro (diatópicas) e socioculturais (diastráticas), na área semântica Jogos e Diversões Infantis, enfocando o item lexical bolinha de gude. Justifica-se por demonstrar a importância de que se revestem as pesquisas geolinguísticas para o registro da norma lexical de um espaço geográfico e por deixar transparecer dados relacionados aos costumes e às crenças acumuladas no decorrer da história de um grupo social. Busca contribuições teórico-metodológicas na dialetologia (ARAGÃO, 2008; CARDOSO, 2010) e na geolinguística (AGUILERA, 2005; CARDOSO; MOTA, 2012; ISQUERDO, 2001). O corpus se constitui das respostas à questão de número 156, pertencente ao questionário semântico-lexical (QSL) do projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), dadas pelos informantes das nove capitais em estudo: Fortaleza (041), João Pessoa (061), Maceió (077), Aracaju (079), São Luís (026), Natal (53), Recife (070), Teresina (034) e Salvador (093). São oito inquéritos em cada capital, perfazendo o total de setenta e duas entrevistas que apresentam as características metodológicas do ALiB, tais como: homens e mulheres pertencentes a duas faixas etárias (18 a 30 anos e 45 a 65 anos), grau de escolaridade (ensino fundamental e ensino superior), além de ter nascido e vivido a maior parte na região. Para visualizar a distribuição das variantes lexicais e nomear o brinquedo em foco, no espaço estudado, foi elaborada uma proposta de carta linguística. Dessa maneira, o estudo contribui para a descrição de um recorte do léxico utilizado pelos falantes dessas capitais, demonstrando se as variantes documentadas representam ou não variantes lexicais locais.
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