LEITURAS PALEOGRÁFICAS DA SÉRIE IRMANDADES DO ARQUIVO DA CÚRIA METROPOLITANA DE SALVADOR: EXPERIÊNCIAS DE ESTÁGIO

  INTRODUÇÃO

O objeto desta comunicação é o relato da experiência da aplicação das técnicas de leitura e transcrição paleográficas, sobre a documentação do arquivo da Cúria Metropolitana de Salvador, especialmente da série Irmandades, sob a guarda do Laboratório de Conservação e Restauração Reitor Eugênio de Andrade Veiga, para restauração, preservação, conservação e tratamento arquivístico. O relato das experiências decorrentes desta atividade é mais uma oportunidade para a formação dos profissionais capazes de cumprir o papel de garantir a integridade da documentação e de seu conteúdo histórico.

De acordo com a etimologia grega da palavra: paleos significa “antiga” + graphein, que, por sua vez, significa “escrita”. Sendo assim a Paleografia é o estudo da escrita antiga.

Inúmeros autores preocuparam-se com a conceituação e utilização desta ciência. Agustín Millares Carlo diz que 

Paleografia é a ciência que trata do conhecimento e interpretação das escritas antigas e que estuda as suas origens e evolução. Os dados por ela fornecidos permitem em muitos casos, não somente localizá-las no tempo e no espaço, mas também descobrir e emendar os erros cometidos na transcrição de um texto por um copista pouco conhecedor da letra e abreviaturas do seu arquétipo, sendo, por conseguinte, fator indispensável à depuração textual, e, quando se trata de documentos, um auxiliar eficaz da crítica diplomática. (MILLARES CARLO, 1929)

Já Maurice Prou (1924, p.1) afirma que “A paleografia é a ciência das antigas escritas. Tem por objeto a decifração das escritas da Antiguidade e da Idade Média. O seu domínio se estende de documentos escritos: inscrições, moedas, selos, atas e livros”. Enquanto isto, Ricardo Roman Blanco (1987) contribui dizendo que a paleografia “É a ciência que nos ensina a ler e interpretar corretamente documentos manuscritos antigos, ocupando-se essencialmente com a origem e evolução da escrita”. 

Já em relação aos fins a que se destina a Paleografia Berwanger (1995) diz que 

Em resumo, a Paleografia abrange a história da escrita, a evolução das letras, bem como os instrumentos para escrever. Pode ser considerada arte ou ciência. É ciência na parte teórica, arte na aplicação prática, acima de tudo, é uma técnica. [...] A Paleografia tem por objeto, portanto, o estudo das características extrínsecas dos documentos e livros manuscritos, para permitir a leitura e transcrição dos mesmos, além da determinação de sua data e origem. 


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QUEIROZ, Luiz Antonio Pacheco de et al. Leituras paleográficas da série irmandades do arquivo da Cúria Metropolitana de Salvador: experiências de estágio. SEMOC-Semana de Mobilização Científica-Leituras paleográficas da série irmandades do arquivo da Cúria Metropolitana de Salvador: experiências de estágio, 2003.


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