LÉXICO E CULTURA EM DIFERENTES ABORDAGENS


Expedito Eloísio Ximenes 
Rita de Cássia Ribeiro de Queiroz 
Sandro Marcío Drumond A. Marengo 
Ticiane Rodrigues Nunes







Os contextos de comunicação são permeados por uma grande diversidade cultural que expõe os falantes a práticas de linguagem, muitas vezes, desconhecidas, mas reconhecidas como o patrimônio lexical que traz consigo as impressões das culturas das comunidades

Na contemporaneidade, filólogos e linguistas têm chamado a atenção do meio acadêmico para a relevância dos estudos que se voltam para a diversidade léxico-cultural das línguas. Nesse sentido, investigar o léxico das línguas numa perspectiva cultural, nos atenta para a preservação e a divulgação das culturas, que, por sua vez, imprimem nesse léxico suas tradições, seus costumes, suas crenças, suas religiosidades, suas ideologias e seu modo de vida.

O nível lexical, frente aos demais níveis do sistema linguístico, é o que, de forma mais imediata, reflete a dinâmica da língua. Ao tomarmos a premissa de que língua, sociedade e cultura são campos indissociáveis, estamos afirmando que toda expressão linguística é um registro de visão de mundo, do conhecimento do universo, da realidade histórica e cultural e das diferentes fases da vida social de uma comunidade (FERRAZ, 2006). Assim, as relações do Léxico com questões culturais e sociais são inerentes ao próprio uso da linguagem.

Por meio do léxico, torna-nos conhecedores das tradições linguístico-culturais das sociedades onde vives os falantes (HAMPATÉ BÂ, 2010), sendo essas tradições passadas às futuras gerações por meio da escrita ou da ora lidade. O léxico vive e evolui com os falantes da língua, em meio aos fluxos sociais inerentes à sociedade desde os tempos pretéritos. Por seu turno, as comunidades linguísticas são dotadas da capacidade de constituir o patrimônio lexical que atende às suas necessidades comunicativas e traz consigo a herança cultural dos povos.

 

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MARENGO, Sandro Marcío Drumond Alves et al. LÉXICO E CULTURA EM DIFERENTES ABORDAGENS. Revista de Estudos de Cultura , n. 11, pág. 7 a 10 de outubro de 2018.


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