TEXTO ANTIGO TAMBÉM É COISA DE JOVEM: UMA CARTOGRAFIA DO LETRAMENTO FILOLÓGICO NO ENSINO MÉDIO
RESUMO
O Letramento auxilia o leitor a perceber que as informações
relevantes não estão somente explícitas nos documentos, mas no que discretamente
se anuncia em textos verbais ou não verbais e nos estratos sociais, históricos
e culturais que o cercam. Entretanto, é necessário valorizar os participantes
desse movimento, pois eles possuem “saberes individuais” que contribuem grandemente
para o desenvolvimento do Letramento Filológico. Desse modo, propus-me a
cartografar as práticas de Letramento Filológico em ambiente escolar no contexto
do Ensino Médio de uma Escola Pública de Tempo Integral de Fortaleza, buscando
um maior contato dos alunos com textos numa perspectiva filológica. Logo, a
presente pesquisa se sustenta teoricamente em autores como Street (2014), Loiola
e Ximenes (2021), Ximenes (2021), Deleuze e Guattari (2011), Kastrup (2015),
Freire (2006), entre tantos outros autores extremamente relevantes para a
discussão dessa temática, que possui uma perspectiva crítica na seara dos
letramentos, nos contatos com documentos manuscritos e datiloscritos, e na
experienciação dos usos de materiais como penas e cópias de documentos
manuscritos de séculos passados. Entendendo o método da Cartografia como uma
prática rizomática, empreendeu-se que vivenciar momentos de contato direto com
textos, utilizando técnicas e recursos didáticos diversificados são representativos
para as práticas de Letramento Filológico. Assim, os dados foram gerados por
meio de vivências que priorizaram experiências práticas e momentos de interlocução
como debates, roda de conversa e entrevista. Por fim, os caminhos cartográficos
percorridos mostraram que há interesse pela Filologia por parte dos jovens alunos
que vivem em um bairro periférico de Fortaleza. Confirmou-se, também, que a
curiosidade é primordial para o trabalho com os textos na perspectiva
filológica, pois desperta a disposição dos alunos a buscar respostas para as
indagações que surgem quando eles têm contato com os textos, o que
consequentemente abre espaço para as práticas de Letramento Filológico.
LUCIANA GUEDES ARAÚJO, 2023.
https://drive.google.com/file/d/1hhPYXWtkNr2NiM_WY-rXiX5a6AczTMSS/view?usp=sharing
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