DA CRÍTICA DIPLOMÁTICA À ANÁLISE TIPOLÓGICA: ABORDAGENS E TÉCNICAS DE ANÁLISE DOCUMENTAL

 


Do seu surgimento no século XVII aos dias atuais, a diplomática vem transformando-se e readequando-se de acordo com as necessidades de cada período. Procuraremos aqui traçar algumas das possibilidades e usos da diplomática desde sua origem até aos dias de hoje focando, em especial, no emprego de seus critérios no processo de análise aplicado à tipologia documental. Com esse objetivo, nos parece pertinente recuperar os conceitos fundamentadores da disciplina, posto constituir ponto crucial para o estabelecimento da espécie documental — termo amplamente difundido no Brasil para designar a configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nele contidas (Camargo, 1996) —e do tipo documental.

Em uma primeira parte, pretendemos expor alguns dos conceitos fundamentais da diplomática, em especial no que tange aos aspectos conceituais absorvidos da disciplina e sua releitura contemporânea, levando em consideração a arquivística atual, para isso, este artigo se alinha ao paradigma arquivístico moderno expressado pela teoria de Luciana Duranti e pelas considerações de Heather MacNeal e Bruno Delmas a respeito. Assim como também se pauta nos trabalhos desenvolvidos por Heloísa Liberalli Bellotto e Antonia Heredia Herrera no que diz respeito ao surgimento e consolidação da tipologia documental enquanto campo de estudo.

A tipologia documental, por alguns pesquisadores também chamada de diplomática contemporânea, caracteriza-se pelo deslocamento do foco de análise do documento isolado para o documento orgânico. Parte do uso da Diplomática clássica, mas diferencia-se em relação ao seu objeto e à recuperação de informações decorrentes do contexto de produção documental e das relações orgânicas as quais privilegia ponto fulcral dentro da arquivística. Deste modo, faz-se necessário discutir dentro destas perspectivas, o conceito de documento diplomático e de documento arquivístico aqui adotados, por estes constituírem-se objeto de análise.

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RODRIGUEZ, Sonia Maria Troitiño. Da crítica diplomática à análise tipológica: abordagens e técnicas de análise documental. Scire: Representación y organización del conocimiento, p. 65-72, 2011.






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