CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTRUTURALISMO E FILOLOGIA
Em Língua Portuguesa, Castelar de Carvalho aborda o tema da coesão textual em Machado de Assis, com um levantamento de fatores coesivos, exemplificado a partir de diversas obras do autor. José Carlos de Azeredo dá sequência a reflexões a respeito do ensino de Língua Portuguesa, considerando avanços suscitados pela incorporação dos princípios da Linguística Textual para a pedagogia da língua materna. Já Luiz Claudio de Medeiros se dedica à investigação das frases multioracionais, com ampla revisão dos estudos relativos a esse fenômeno sintático. No artigo de Fábio Coelho encontramos análises a respeito da linguagem do samba do Rio de Janeiro, nas quais se consideram a inserção espacial do gênero musical e sua correlação com temáticas mais frequentes, caracterização ideológica e de ancestralidade africana.
Em Literatura Portuguesa, Alberto Roiphe observa como Luís de Camões figura em cordéis produzidos no Brasil, com uma representação carnavalizada, de personagem perspicaz e subversivo, capaz de resistir a padrões de poder socialmente estabelecidos. Eduardo da Cruz, por sua vez, nos traz o poema Hero e Leandro ou a sacerdotisa de Vênus, manuscrito inédito de António Feliciano de Castilho; com base nessa descoberta, o autor faz considerações estéticas e históricas a respeito da obra castilhiana.
Em Filologia Portuguesa, Ceila Maria Ferreira trata das interações entre Filologia e Linguística Estruturalista da década de 60 à década de 80, analisando princípios apresentados em obras de Ferdinand de Saussure e de Roland Barthes e sua relação com as linhas filológicas de estudo histórico-comparativo de línguas e de crítica textual. Já André Conforte apresenta informações recolhidas a partir de consultas ao acervo pessoal da família de Othon Moacyr Garcia, de escritos avulsos inéditos reveladores do pensamento linguístico e crítico-literário do autor.
FERREIRA, Ceila Maria. Considerações sobre Estruturalismo e Filologia. CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ/REDE SIRIUS/NPROTEC.
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