A LINGUÍSTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Resumo:
Este trabalho tem o propósito de apresentar um breve panorama da Linguística
Sistêmico-Funcional baseado nas concepções de Halliday (1994) e Halliday e Matthiessen
(2004) por caracterizarem a teoria numa perspectiva social, rompendo com os paradigmas do
formalismo linguístico. Halliday e Matthiessen (2004) estudam a linguagem como uma
atividade social – parte da sociedade e dos usos da linguagem, uma situação de interativa –
propondo um enfoque na concentração da atenção nos usuários e nos usos da língua.
Assim, os autores propõem a Gramática Sistêmico-Funcional (GSF), situando a língua em seu contexto social, ultrapassando o limite da sentença e avançando para análise de textos. A partir de algumas considerações de conceitos-chave da teoria, buscamos explicitar como se dá o funcionamento da linguagem em contextos comunicativos. Ancorada na abordagem funcionalista, destacamos a noção de gramática, língua e sistema, a linguagem na interação social, a visão estratificada de língua para a realização de significados, bem como a noção de metafunção que assenta os significados realizados pela linguagem via interrelação texto e contexto.
O que se busca com essa breve introdução da Linguística Sistêmico-Funcional é mostrar como sua teoria fornece ferramentas úteis para se analisar qualquer instância de interação linguística em um contexto de comunicação, identificando elementos linguísticos e sintáticos que são funcionais para fins específicos nesse uso da língua. Para tanto, situamos exemplos de pesquisas no contexto nacional que têm utilizado esse arcabouço teórico.
SANTOS, Záira Bomfante. A linguística sistêmico-funcional: algumas considerações. SOLETRAS, n. 28, p. 164-181, 2014.
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