TEXTO ESCRITO: O LUGAR ONDE FILOLOGIA E LINGUÍSTICA DIALOGAM

 

O termo Filologia, de origem grega (Φιλολογία), tem mais de vinte e quatro séculos de existência documentada e passou ao latim (philologia, ae) com o sentido de “amor pelo conhecimento; gosto pelas letras; estima pela erudição; culto da sabedoria”, sendo empregada, conforme Silva (2002, p. 54), “para indicar toda a sorte de indagações sobre os textos de qualquer natureza – históricos, religiosos, filosóficos, literários e científicos – com a finalidade de preservá-los e de interpretá-los corretamente”.

Definir o conceito e o âmbito da Filologia, no entanto, esbarra em divergências de autores de diferentes épocas e lugares. Desta forma, entre as ciências do texto, a Filologia está definitivamente marcada pelos problemas da polissemia.

A polissemia do conceito se explica pelo fato de essa ciência, que se constitui como tal no século XIX, possuir um caráter transcendente, uma vez que, sendo “eminentemente histórica”, como afirma Spina (1994, p. 17), não pode desvincular-se de todos os aspectos intrínsecos e extrínsecos dos textos que se propõe a estudar, contando, para isso, com o auxílio de outras ciências, como a Linguística, a Literatura, a História, a Filosofia, a Paleografia, a Codicologia, a Diplomática, etc. Logo, “os filólogos trabalham num campo interdisciplinar em que é preciso buscar, reunir, integrar informações advindas de várias fontes e ciências” (MARTINS, 2021).

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