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Mostrando postagens de fevereiro, 2023

CHAMADA PARA ARTIGOS: V. 15, N. 30 (SEGUNDO SEMESTRE DE 2023): LITERATURA E MITO: HISTÓRIA, MEMÓRIA E IDENTIDADE

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  A literatura portuguesa, como toda aquela pertencente a nações muito antigas, acaba por concentrar, em sentido simbólico, um rico material arqueológico representado por conteúdos imaginários que são, afinal, partilhados pelo povo lusitano ao longo dos séculos. Dessa forma, estudar essa literatura é ter a oportunidade de conhecer um pouco a riqueza histórica e cultural da nação, como também, suas personagens históricas, míticas e lendárias. Transitando entre os polos da história, da memória e da identidade (nacional), essa literatura pode, muitas vezes, trazer essas referências que, de certo modo, misturam-se e conjugam-se nas tessituras do texto literário. Face ao exposto, este dossiê recebe trabalhos que tratem das relações entre literatura e mito, estabelecendo como escopo de abordagem as reconfigurações dos mitos nas produções oriundas da literatura portuguesa, ou que tragam explicitamente um diálogo entre obras emergidas da cultura portuguesa em diálogo com outras produções e exp

A FILOLOGIA E SEU OBJETO: DIFERENTES PERSPECTIVAS DE ESTUDO

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  RESUMO   Almeja-se, neste trabalho, mostrar o desdobramento da Filologia em outras disciplinas com objetos e métodos específicos, ao tempo em que se determina ser o texto editado o suporte para estudos de diversos especialistas. A Filologia enquanto Crítica Textual se ocupa do texto na sua existência material e histórica e na sua função de testemunho documental e literário. O texto que se pretende reconstituir e conservar, conforme as características que apresenta, define o comportamento do editor que desenvolve teorias e metodologias apropriadas ao objeto em questão, de acordo com a Crítica Textual Tradicional, a Crítica Textual Moderna e a Crítica Textual Genética. Adverte-se para o fato de que esse texto crítico, disponibilizado pelo filólogo, poderá ser matéria de investigação, segura e fidedigna, de diferentes disciplinas científicas, pois é ele portador de elementos históricos, sociais, estilísticos, literários, lingüísticos que podem intervir na sua composição. A Filologia enq

QUESTÕES DE ÉTICA NA PESQUISA EM LINGÜÍSTICA APLICADA

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  Resumo As questões da ética na pesquisa em Lingüística Aplicada são discutidas no contexto da pesquisa qualitativa de natureza crítica. Após breve apresentação de dois dos principais paradigmas de pesquisa, focalizam-se questões decorrentes da própria natureza da pesquisa qualitativa inserida na teoria crítica, tais como, o consentimento informado, a posse dos dados, as relações de poder, os códigos de conduta e a questão das diferenças culturais e seu papel na caracterização dos valores éticos. O artigo termina com uma discussão de algumas questões que permanecem em aberto. https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/rle/article/view/15605

CHAMADA PARA PUBLICAÇÃO DE TRABALHOS: REVISTA BAKHTINIANA

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  Presença da cosmovisão religiosa na construção discursiva de mundo Convidamos pesquisadores a submeter artigos que versem sobre o lugar do discurso religioso na experiência social dos sujeitos em suas multifacetadas interações socioverbais.  Normas de Submissão em:  http://revistas.pucsp.br/index.php/bakhtiniana/about/submissions Prazo limite para submissão dos originais: 30 de agosto de 2023.

LÉXICO E ETHOS RELIGIOSO: MODOS DE OPERAÇÃO IDEOLÓGICA NO DISCURSO PRATICADO EM UMA PROVISÃO ECLESIÁSTICA

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  Resumo Este artigo buscou analisar o léxico e o  ethos  religioso, a partir do discurso praticado na provisão eclesiástica produzida em ambientes eclesiásticos, tipo documental de natureza diplomática redigido por um bispo diocesano, cuja finalidade era nomear o padre Joaquim Alves Ferreira para o exercício canônico de pároco da paróquia de São Miguel Arcanjo de Itapebuçu-CE. Para tanto, amparamo-nos nas perspectivas teóricas da Filologia e da Análise de Discurso Crítica, por meio dos estudos de Spina (1977), Bourdieu (1984), Gumbrecht (2007), Bellotto (2002), Abbade (2006), Krieger (2006), Ximenes (2013) e Fairclough (2016). Para compreendermos a construção hierárquica da Igreja Católica e a sua divisão de postos de poder, amparamo-nos em Urban e Bexten (2013), no Código de Direito Canônico (2017) e em alguns teóricos do estudo do léxico. Nosso  corpus  de pesquisa é constituído de um exemplar de provisão eclesiástica coletado do Livro de Tombo da Paróquia de Itapebuçu-CE, datado de

EDIÇÃO DE MANUSCRITOS: CARACTERÍSTICAS PALEOGRÁFICAS

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  Resumo Este artigo visa ao estudo filológico de dois manuscritos pertencentes ao Arquivo Público Municipal de Cáceres, Mato Grosso, datados do século XIX, de acordo com os princípios da Filologia e da Crítica Textual, com a apresentação das edições semidiplomática e fac-similar seguidas da análise de suas características paleográficas. Este estudo justifica-se pela importância histórica e social dos referidos documentos para a cidade de Cáceres, além do valor linguístico que apresentam, uma vez que neles é possível verificar algumas mudanças ocorridas na língua portuguesa, especialmente no tocante a aspectos paleográficos, procurando-se, assim, contribuir para a caracterização do que se tem denominado “dialeto caipira” no português brasileiro. Trata-se de trabalho articulado aos projetos de pesquisa: “Estudo do Português em manuscritos produzidos em Mato Grosso a partir do século XVIII” (MeEL/UFMT), “Filologia bandeirante”(USP, UFMG, UFGO e UFMT) e “Expansão do Português paulista atr

TEXTO ESCRITO: O LUGAR ONDE FILOLOGIA E LINGUÍSTICA DIALOGAM

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  O termo Filologia, de origem grega (Φιλολογία), tem mais de vinte e quatro séculos de existência documentada e passou ao latim (philologia, ae) com o sentido de “amor pelo conhecimento; gosto pelas letras; estima pela erudição; culto da sabedoria”, sendo empregada, conforme Silva (2002, p. 54), “para indicar toda a sorte de indagações sobre os textos de qualquer natureza – históricos, religiosos, filosóficos, literários e científicos – com a finalidade de preservá-los e de interpretá-los corretamente”. Definir o conceito e o âmbito da Filologia, no entanto, esbarra em divergências de autores de diferentes épocas e lugares. Desta forma, entre as ciências do texto, a Filologia está definitivamente marcada pelos problemas da polissemia. A polissemia do conceito se explica pelo fato de essa ciência, que se constitui como tal no século XIX, possuir um caráter transcendente, uma vez que, sendo “eminentemente histórica”, como afirma Spina (1994, p. 17), não pode desvincular-se de todos os a

DIVERSIDADE LINGUÍSTICO-CULTURAL LATINO-AMERICANA E OS DIREITOS LINGUÍSTICOS DOS POVOS ORIGINÁRIOS

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Este trabalho tem como objetivo apresentar uma breve refe- rência da diversidade etnolinguística que caracteriza os diversos países da América do Sul, tendo como base o reconhecimento oficial dos direitos linguísticos e culturais dos diversos povos originários que se distribuem por esses países. Mostra-se como as diversas bases legais internacionais das políticas e direitos linguísticos vêm influenciando a mudança política dos governos locais em se tratando da proteção dos direitos individuais e cole- tivos dos povos originários, e como cada país da América do Sul vem de- senvolvendo políticas linguísticas específicas para concretizar esses direitos https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/3595

CHAMADA PARA PUBLICAÇÃO: REVISTA TEXTO POÉTICO

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Estamos divulgando a Chamada: dossiê “Poesia e direitos humanos” – https://textopoetico.emnuvens.com.br/rtp/about/submissions A reflexão em torno das relações entre poesia e direitos humanos aciona, no contexto atual, três movimentos relevantes para o debate crítico sobre a literatura. Primeiramente, ela remete de modo incontornável aos consagrados estudos de Antonio Candido, desenvolvidos especialmente nos ensaios “A literatura e a formação do homem” e “O direito à literatura”, os quais fundam uma importante tradição analítica no campo intelectual brasileiro. Como se sabe, nessas obras o crítico formula uma argumentação em torno do sentido humanista e do caráter humanizador da literatura, defendendo a democratização do acesso à produção literária em todos os seus níveis, tomando-a como um direito fundamental. O princípio candidiano articula importantes convergências entre ética, estética e cidadania, e seu prestígio em cursos de formação docente segue inabalável, embora se observe, so

A LINGUÍSTICA APLICADA NA CONTEMPORANEIDADE: UMA NARRATIVA DE CONTINUIDADES NA TRANSFORMAÇÃO.

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  Resumo:  O objetivo do presente artigo é analisar a pesquisa na Linguística Aplicada (LA), focalizando os estudos relacionados ao ensino de línguas e à formação do professor. São apresentadas evidências da existência de uma relação de continuidade com a LA nas suas origens, no final da década de 1940, nos EUA, e na década de 1970, no Brasil. O campo, desde o seu nascimento, busca a compreensão de problemas socialmente relevantes que recaem sobre usos da língua, e as possíveis soluções para tais problemas. A partir de um breve histórico do desenvolvimento da pesquisa sobre leitura no campo da LA no Brasil, são propostos três tipos de transformações da área ao longo dos últimos 50 anos: territoriais, epistemológicas e paradigmáticas. Nesta última, enfocamos a importância de uma abordagem interpretativista, situada, no desenvolvimento de pesquisas em contextos educacionais, e a emergência de uma área de pesquisa mais recente, a saber, a formação do professor de língua. Por fim, propomos

CHAPARA PARA PUBLICAÇÃO: MODERNISMOS LUSÓFONOS PASSADOS OS SEUS CENTENÁRIOS

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  Ricardo Vasconcelos (San Diego State University) e Mirhiane Mendes de Abreu (Universidade Federal de São Paulo), Editores Convidados O período de 2015 a 2022 assistiu ao destaque de múltiplos centenários associados aos Modernismos Lusófonos, através de colóquios, volumes editados, monografias, bem como outros eventos e artefactos culturais. Em 2015 realizaram-se colóquios internacionais sobre a revista portuguesa Orpheu , em Portugal, Brasil e Itália, que originaram várias publicações. Seguiu-se logo o aniversário do Portugal Futurista , em 2017, comemorado da mesma forma. Em 2022 comemorou- se o centenário da Semana de Arte Moderna brasileira (ela mesma, claro, já ancorada no centenário da independência do Brasil) . O centésimo aniversário da Semanafoi reconhecido em conferências no Brasil e no exterior, às vezes em eventos que discutiam o modernismo brasileiro ao lado de outros centenários (por exemplo, o da publicação de Ulisses , de Joyce, em 1922). Os anos de 2021 e 2022 viram,