DIÁRIO PRAETECE
Alguns
integrantes do grupo PRAETECE, no dia 15 de outubro, visitaram a cidade de Icó,
na região centro sul do Ceará para conhecer seu rico patrimônio arquitetônico e
histórico e o acervo documental que fica na casa de cultura Mariinha Graça.
A
vila do Icó foi criada pela coroa portuguesa em 1738, sendo a primeira vila do
interior da então capitania do Ceará, após a criação das vilas de São José de
Rimar do Aquiraz e a do Forte de Nossa Senhora de Assunção, atual Fortaleza.
Icó fica localiza a 378 Km de Fortaleza,
já perto da divisa com o estado da Paraíba, às margens do rio Salgado, onde
habitavam os índios conhecidos como icós. A vila teve um papel importante na
colonização do interior do Ceará, e tinha como forte economia a criação de gado
e as chamadas charqueadas, carnes salgadas que eram levadas para abastecer a
metrópole.
O centro histórico da cidade se compõe por
um grande largo, denominado Largo do Theberge em homenagem ao médico
sanitarista Dr. Pedro Theberge que aí se estabeleceu. Ao entrono do Largo, três
igrejas erguidas, como a de Nossa Senhora da Expectação, a do Senhor do Bonfim
e ao fundo a igreja mais recente de São José. Outros prédios importantes como a
casa de Câmara e cadeia, o Teatro da Ribeira dos Icós, a casa do barão do Crato
e a casa do perna preta, onde funciona uma escola de música e uma lojinha de
souvenis, ao entorno do Largos há outras casas menores com fachadas estilo colonial.
Em outra praça, mais afastada do Largo, está a igreja do Rosário dos homens
pretos, no final de uma rua por onde os escravos trafegavam, por não poderem
entrar na rua principal.
Na avenida Ilídio Sampaio, outros tantos
prédios históricos complementam a riqueza patrimonial de Icó, dentre eles
podemos destacar o prédio onde funciona a atual câmara dos vereadores, o prédio
do antigo mirante da cidade, e o prédio
de número 2056 é a Casa de Cultura
Mariinha Graça, que sedia a secretaria de cultura, parte do acervo da
biblioteca municipal e o acervo de documentos com mais de 75 mil páginas de
textos manuscritos do século XVIII e XIX, composto por uma variada tipologia
documental escrita na então vila em que se podem encontrar inventários, autos
de querela, termos de tutoria entre outros.
É imprescindível a importância histórica,
arquitetônica, cultural e linguística de Icó para o Ceará e Brasil.
Nossos agradecimentos a Claudio Pereira da
Secretaria de Cultura do Icó pelo acolhimento carinhoso e pelo passeio turístico
pela cidade, a secretária de turismo Sarah Raquel Bezerra por nos receber com
simpatia e toda a comunidade do Icó, nossos parabéns pelo zelo e capricho com
que tratam a cidade e o seu patrimônio.
VEJA FOTOS:
- Largo do Theberge
- Igreja Nossa Senhora
da Expectação
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