ENTRE A FILOLOGIA E A LEXICOGRAFIA - ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OBRAS DOS SÉCULOS XVIII E XXI
Resumo
A compreensão do léxico é uma tarefa que propicia ao filólogo o conhecimento não apenas dos textos e dos documentos, mas da complexidade sociocultural que o cerca, revelando detalhes sobre a sociedade, os sujeitos e as esferas comunicacionais envolvidas nesse ato comunicativo. É com esse princípio que discutimos neste artigo os parâmetros lexicográficos observados no Vocabulário Portuguez & Latino de Bluteau (1712-1721) e em duas obras lexicográficas do século XXI, o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa (ABL, 2008) e o Dicionário Aulete Digital (2020), a fim de analisar a tradição lexicográfica desses séculos e perceber como macro e microestruturas se configuram.
Como base adotamos os pressupostos de Barbosa (2001), Pontes (2009), Boutin-Quesnel et al. (1985), Biderman (1998), Queiroz (2012) e Ximenes (2013) para problematizarmos filologicamente a produção dessas obras como um acervo que põe seus consulentes em contato com a história da língua, o que revela os padrões lexicográficos em língua portuguesa nos séculos XVIII e XXI. Portanto, a produção lexicográfica é um grande apoio para a compreensão dos textos, sejam eles de qual época forem, no entanto, é preciso perceber que essas obras são um recorte sócio-histórico-cultural de um determinado contexto de linguagem.
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