INTRODUÇÃO Estudos de comunidades em pequena escala, como as análises de rede social, “são capazes de fornecer informação mais detalhadas sobre o uso que os falantes fazem da variabilidade linguística”, em especial no que se refere “às partes menos formais do repertório linguístico” (MILROY, 1980, p.21). A concentração das relações sociais nas redes, em um dado território, concorre para o desenvolvimento do sentimento de pertença da identidade local, construída através da relativa homogeneidade de comportamento – no vestir, no falar, no divertir-se, no alimentar-se, nos valores praticados, entre outros – como assume o estudo da variação na linha das práticas sociais (ECKERT, 2000). Este trabalho, sobre “Redes sociais, identidade e variação linguística”, traz alguns fundamentos teóricos e uma análise variacionista na rede social, no intuito de explicitar os procedimentos metodológicos necessários a esse tipo de investigação. Labov (2010), ao discutir os fatores sociais que, em seu co